quinta-feira, 18 de março de 2010

História dos Descobrimentos Portugueses

Há uma unanimidade entre os historiadores quanto à questão da Conquista de Ceuta ser o início da expansão portuguesa.
Foi uma praça conquistada com relativa facilidade, por uma expedição organizada por D. João I, em 1415.
O Infante D. Henrique é quem promove os Descobrimentos Portugueses.
Paralelamente há um outro projecto assinado como um projecto nacional - o norte de África. Este projecto era um projecto prestigiado pela coroa portuguesa, pois tratava-se de conquistar, de fazer guerra. Após a Conquista de Ceuta, segue-se o desastre de Tânger, em 1437, com a derrota portuguesa.

Segue-se um conquista de uma série de praças: Alcácer Ceguer, Arzila, Tânger, Azamor, Safim, Mazagão.
Ainda durante o reinado de D. João, e sob comando do Infante D. Henrique dá-se o redescoberta da Madeira, uma expedição às Canárias em 1424 e o descobrimento dos Açores.
O redescobrimento da Madeira dá-se em 1419/20.

Em 1419 a ilha de Porto Santo foi redescoberta por João Gonçalves Zarco e em 1420 a ilha da Madeira por Tristão Vaz Teixeira.
Trata-se de um redescobrimento porque já havia conhecimento da existência das ilhas da Madeira no século XIV.
Em 1427, inicia-se o descobrimento do arquipélago dos Açores.
Na regência de D. Duarte, Gil Eanes dobra o Cabo Bojador em 1434.

A partir daqui, o Infante D. Henrique promove o descobrimento da costa africana, por sua própria iniciativa, sem intervenção da coroa, até 1460.
Em 1460, Pêro de Sintra atinge a Serra Leoa.

Neste mesmo ano falece o Infante D. Henrique.
Em 1469, D. Afonso V entrega esta missão a um mercador da cidade de Lisboa, Fernão Gomes.

Desde 1474/75 o príncipe D. João, futuro rei, fica responsável pela tarefa dos descobrimentos.
Este sobe ao trono em 1482.
Nesse mesmo ano organiza a primeira viagem de Diogo Cão. Este faz o reconhecimento de toda a costa até à região do Padrão de Santo Agostinho.
Em 1487, Bartolomeu Dias, comandando uma expedição com três caravelas, atinge o Cabo da Boa Esperança.
Face à chegada de Cristóvão Colombo, em 1492 à América, segue-se a promulgação de três bulas papais - as Bulas Alexandrinas - que concediam ao reino de Espanha o domínio dessas terras.
Será esta decisão de Alexandre II que irá vingar.

Face a isso, D. João II consegue uma renegociação, mas só entre os dois estados, sem a intervenção do papa.
Assim, em 1494 é assinado o Tratado de Tordesilhas: o Mundo é dividido em duas áreas de exploração: a portuguesa e a espanhola. O mundo seria dividido em função de um semi-meridiano que deveria passar a 370 léguas de Cabo Verde - "mare clausum".
No reinado de D. Manuel I, parte do Restelo, a 8 de Junho de 1497, a armada chefiada por Vasco da Gama. Tratava-se de uma expedição composto por três embarcações.

A 9 de Maio de 1498 Vasco da Gama chega a Calecut.
Em 1500, parte a segunda expedição para a Índia comandada por Pedro Álvares Cabral. Era uma expedição composta por três embarcações.

Só que Pedro Álvares Cabral, por alturas de Cabo Verde, desvia-se da rota e em Abril de 1500 chega a uma terra denominada de Vera Cruz, mais tarde Brasil - face à abundante existência de madeira pau-brasil.
Face a este desvio, Pedro Álvares Cabral chega a Calecut em 1501. Face a alguns confrontos com o Samorim , Pedro Álvares Cabral acaba por romper as relações com o Samorim. Assim, dirige-se para Sul e estabelece uma feitoria em Cochim.
Ainda durante o reinado de D. Manuel organiza-se uma terceira armada à Índia, comandada por João da Nova.
Em 1501, envia-se a segunda armada para o Brasil.
Em 1514, Jorge Álvares atinge a China.
No reinado de D. João III (1521-1557) a partir de 1534 inicia-se a colonização do Brasil com a criação das primeiras capitanias.
Em 1557 os portugueses estabelecem-se em Macau.
Assim findou a grande época de descobertas portuguesas. Segue-se uma exploração económica com principal incidência na Rota do Cabo, que ligava Portugal à Índia e a exploração do pau-Brasil, açúcar, ouro, metais preciosos, tabaco, cacau e café no Brasil.
Este foi o grande império colonial português na Idade Moderna.

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