quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Cruzadas

As Cruzadas são tradicionalmente definidas como expedições de carácter "militar" organizadas pela Igreja, para combaterem os inimigos do cristianismo e libertarem a Terra Santa (Jerusalém) das mãos dos infiéis.
O movimento estendeu-se desde os fins do século XI até meados do século XIII.
O termo Cruzadas passou a designar-se em virtude dos seus adeptos (os chamados soldados de Cristo) que eram identificados pelo símbolo da cruz bordado nas suas vestes.
A cruz simbolizava o contrato estabelecido entre o indivíduo e Deus.
As peregrinações em direcção a Jerusalém, assim como as lutas travadas contra os muçulmanos na Península Ibérica e contra os hereges em toda a Europa Ocidental, foram justificadas e legitimadas pela Igreja, através do conceito de Guerra Santa -a guerra divinamente autorizada para combater os infiéis.

Quando partiam para Jerusalém, os cavaleiros peregrinos levavam armas, à espera de poder lutar contra o infiel: foi durante essas viagens que se formou a ideia da guerra santa.O movimento cruzadista foi motivado pela conjugação de diversos factores, dentre os quais se destacam os de natureza religiosa, social e económica. Em primeiro lugar, a ocorrência das Cruzadas expressavam a própria cultura e a mentalidade de uma época.Ou seja, o predomínio e a influência da Igreja sobre o comportamento do homem medieval devem ser entendidos como os primeiros factores explicativos das Cruzadas.
Tendo como base a intensa religiosidade presente na sociedade feudal a Igreja defendia sempre a participação dos fiéis na Guerra Santa, prometendo-lhes recompensas divinas, como a salvação da alma e a vida eterna.
A ocorrência das Cruzadas Medievais deve ser analisada também como uma tentativa de superação da crise que se instalava na sociedade feudal durante a Baixa Idade Média.

Muitos nobres passam a encarar as expedições à Terra Santa como uma real possibilidade de ampliar seus domínios territoriais.

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